domingo, 31 de dezembro de 2017

Um pais precisa de infraestrutura



Força-tarefa do Governo Federal vai investir R$ 130,97 bilhões na conclusão de obras paradas em todo o País 

O Governo Federal vai investir R$ 130,97 bilhões na conclusão de 7.439 obras paradas em todas as regiões do Brasil até o final de 2018. São projetos rodoviários, de aeroportos regionais, de saneamento, de habitação, de mobilidade urbana, de saúde e de educação, entre outros. As ações fazem parte do programa “Agora, é Avançar”, lançado na última quinta-feira (9) em Brasília.

Os recursos virão do Orçamento Geral da União, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de empresas estatais como a Caixa Econômica Federal, Petrobras e Eletrobras. Entre os critérios utilizados pelo Governo Federal para a seleção das obras estão a disponibilidade de orçamento e a possibilidade de conclusão e entrega até 2018.

No âmbito do Ministério das Cidades, foram incluídos no programa cerca de 200 mil unidades, sendo 150 mil da Faixa 1, do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV); seis empreendimentos de urbanização de assentamentos precários; 50 projetos de saneamento e drenagem; 11 obras de contenção de encostas; 26,7 km de BRTs; 162,8 km de corredores exclusivos de ônibus; 22 km de metrô; um terminal urbano; 4,4 km de expansão de linhas de trens urbanos; e 23 km de linhas de VLT.

O Governo Federal ainda disponibilizou uma ferramenta no site do programa “Agora, é Avançar”  para os cidadãos acompanharem o andamento das obras em tempo real. Também é possível obter informações pelo aplicativo Desenvolve Brasil, disponível para smartphones com sistema Android.

Regiões
O Nordeste é a região onde há mais projetos paralisados, totalizando R$ 19,08 bilhões em investimentos. Das 3.186 obras inacabadas, o destaque fica para o Metrô de Salvador, Anel Viário de Fortaleza e o MCMV em Pernambuco. Em seguida vem a Região Sudeste, com 1.931 projetos e R$ 52,51 bilhões em recursos que serão aplicados. Entre as obras, estão a duplicação da BR-381, BRT Transbrasil e o Rodoanel Norte de São Paulo (BR-116).

A região Sul, por sua vez, receberá R$ 24,79 bilhões para a conclusão de 864 empreendimentos, com destaque para a drenagem e adequação do Porto de Paranaguá, da ponte das BRs-116/290 e o MCMV em Santa Catarina. Já a região Norte possui 772 projetos paralisando, o que demandará um investimento de R$ 4,30 bilhões. Receberão recursos a reforma e ampliação do Terminal do Aeroporto de Rio Branco e a Hidrovia de Itacoatiara.

Por fim, o Centro-Oeste tem 636 obras inacabadas, com destaque para os corredores de transporte coletivo em Anápolis, a BR-070 no Mato Grosso e o Saneamento em Campo Grande. O pacote do Governo Federal prevê a aplicação de R$ 5,21 bilhões na região.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Recursos disponíveis



FGTS investirá R$ 330 bilhões em habitação, saneamento e infraestrutura nos próximos quatro anos






O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na última semana o orçamento dos próximos quatro anos, que prevê mais de R$ 330 bilhões para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. A medida pretende beneficiar cerca de 144,7 milhões de pessoas, além da criação de 6,7 milhões de postos de empregos.
De acordo com o conselho, apenas para o ano de 2018 serão mais de R$ 85,5 bilhões para os setores operacional, financeiro e econômico do FGTS, enquanto para os anos de 2019 e 2020 será de R$ 81,5 bilhões por ano, além de R$81 milhões previstos para 2021. Vale destacar que o orçamento de 2017 foi de R$ 77,5 bilhões.

 “É um bom orçamento. O Fundo está sólido e estável e continua sendo um importante instrumento para financiar o desenvolvimento do País”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Entre os segmentos, é estimado para a área de habitação orçamento de R$ 69,4 bilhões em 2018, R$ 68 bilhões em 2019, mais R$ 68 bilhões em 2020, e R$ 67,5 bilhões em 2021. A maior porcentagem desses recursos é para a habitação popular, com pelo menos R$ 62 bilhões previstos até 2020 e R$ 62,5 bilhões para 2021. “Na habitação, a execução de recursos do FGTS já é boa e estamos mantendo os valores para os próximos anos”, destacou o coordenador-geral do FGTS, Bolivar Moura Neto.

Já para a área de saneamento e infraestrutura, o orçamento prevê R$ 6,8 bilhões em 2018 e R$ 6 bilhões por ano até 2021. A infraestrutura urbana, por sua vez, receberá em 2018 R$ 8,6 bilhões e mais R$ 7 bilhões por ano até 2021.

Para elaboração deste orçamento, o conselho considerou a estimativa de arrecadação do FGTS no período, destacando que pode exigir variações positivas ou negativa nos orçamentos, conforme as medidas implantadas pelo Governo.

Confira a seguir os valores divididos por regiões e estados:


  

https://i1.wp.com/infraestruturaurbana.pini.com.br/wp-content/uploads/sites/13/2017/10/tabela2.jpg?resize=268%2C1013Por Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Água tratada, saúde



ETE Barueri, na Grande São Paulo, inicia segunda etapa de ampliação de capacidade



A Construtora Passarelli, empresa que atua na área de infraestrutura, anunciou o início da segunda etapa de ampliação da capacidade da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Barueri, na Grade São Paulo. Com previsão de entrega para outubro de 2018, a obra permitirá o aumento da capacidade de 12 mil litros para 16 mil litros de esgoto por segundo.

Com investimento de R$ 390 milhões pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) a estação de tratamento é a segunda maior da América Latina, sendo capaz de retirar atualmente, 216 milhões de litros por dia do Rio Tietê e do Rio Pinheiros, devolvendo 2,5 mil litros de água tratada por segundo.


Vale destacar que durante toda a obra, a ETE segue em operação regular, pois devido ao tratamento biológico nos tanques de aeração, o sistema pode ser paralisado por apenas quatro horas. O local atende o dejeto de 1,2 milhão de habitantes das zonas norte, oeste e sul da capital, bem como as cidades de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra.

As empresas Passarelli e Engeform, que compõem o Consórcio Barueri, assumiram desde maio de 2013 as obras de ampliação da ETE, que teve como primeira etapa a ampliação de 9,5 mil litros para 12 mil litros de esgoto tratado por segundo.



Tratamento
Para o tratamento completo de esgoto, são necessárias sete etapas, separadas por Líquida e Sólida. A fase líquida se inicia pelo Canal das Grades, responsável pela remoção dos sólidos com mais de 6mm, segue para as Caixas de Areia que evitam que a areia infiltre no tratamento, que são direcionados para os Decantadores Primários, com seis tanques que raspam o lodo e reduzem a matéria orgânica.

O lodo proveniente dos Decantadores Primários é direcionado ao Gradeamento de Lodo Primário, a primeira etapa da fase Sólida, que tem a função de descartar o material gradeado e direcionar o efluente aos Adensadores por Gravidade, que realizam nos quatro tanques de 29 m de diâmetro cada a concentração da massa de sólidos suspensos de 1% para 4%.

Após os Adensadores por Gravidade, vem a etapa de Adequação dos Digestores Anaeróbios que conta com oito tanques digestores, que direcionam o Biogás aos três tanques de Queimadores de Biogás para queimá-los.



O Edifício dos Compressores, possui três compressores de ar que alimentam os oito tanques de aeração de 20.000 m³ cada, responsáveis por remover a matéria orgânica por meio de reações bioquímicas realizadas por microrganismos aeróbios. Por fim, toda a matéria restante é direcionada aos seis tanques circulares de decantação secundária, com 46 m de diâmetro e volume de pelo menos 6.700 m³ cada. Estes decantadores possuem as mesmas funções que os primários, com a diferença que descarregam todo o efluente no rio Tietê, com redução de pelo menos 80% de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).

Confira a entrevista com o engenheiro civil responsável, José Molina, que cita os principais desafios das obras.
Por Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb