quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Materiais de construção com novidade



Telhas e painéis atendem gestão ambiental
Conjunto fornecido pela Isoeste proporcionou isolamento térmico, baixa geração de resíduos e redução no desperdício de materiais na fábrica do Grupo Petrópolis
















A planta do Grupo Petrópolis em Itapissuma, Pernambuco, foi projetada para ser uma das mais modernas unidades de produção de cerveja do mundo. Com investimento de R$ 600 milhões, a fábrica foi inaugurada em abril de 2015, gerando cerca de mil empregos diretos na região. Trata-se da sétima unidade do grupo, considerado um dos maiores do país no segmento de cervejaria.

Sua construção é basicamente constituída por uma estrutura de concreto, em sua maior parte pré-moldada, e cobertura metálica espacial. 




Desafio
A utilização de elementos construtivos e de outras tecnologias estava condicionada a atender uma rigorosa gestão ambiental estabelecida para a concepção do projeto. Potencializar aspectos como isolamento térmico, baixa geração de resíduos e reduzido desperdício de materiais eram algumas das exigências para a execução da obra.


Solução
A Isoeste, parceira na construção da fábrica do Grupo Petrópolis em Alagoinhas, Bahia, voltou a ser acionada para fornecer seus sistemas de telhas, painéis e iluminação zenital na construção da unidade em Itapissuma.

“Buscamos em nosso portfólio soluções capazes de satisfazer as necessidades do cliente, principalmente do ponto de vista sustentável. Isso se deve ao fato dos produtos garantirem execução limpa e rápida, deixando o canteiro mais organizado, além do poder de isolamento térmico, que influenciou na redução de custos e energia elétrica com equipamentos de climatização", conta Luiz Carlos Morais Filho, supervisor de obras da Isoeste.

Para isso, foram disponibilizados 35 mil m² de telhas zipadas no modelo sanduíche, 7 mil m² de telha zipada Standard e 26 mil m² de telha TP40, utilizada em toda a cobertura e na maior parte do fechamento lateral.


"As telhas permitiram uma cobertura sem furações, com perfeita estanqueidade e baixa inclinação, fatores que possibilitaram a dilatação longitudinal sem comprometer a fixação", complementa Luiz.

A Isoeste também forneceu 3,5 mil m² do Painel Isofachada PUR para o fechamento lateral dos prédios de tratamento de grãos, brasagem e fixação. Disponibilizou 1,1 mil m² do painel SL em PUR para a sala de quadros (comando do prédio envase) e 1,1 mil ml de iluminação zenital natural para a cobertura da filtração, envase e cadeira. Outros produtos foram utilizados, como as portas GSL PUR, implantadas nas salas de comandos, também do prédio de envase.

DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS
Especialmente recomendadas para coberturas de médio e grande porte, as Telhas Zipadas da Isoeste são produzidas na própria obra, de forma contínua e sem emendas. Fabricadas em aço pré-pintado ou galvalume, com núcleo isolante, garantem 100% de estanqueidade. Diferenciam-se por oferecer uma cobertura sem furações, com excelente estética e baixa inclinação (a partir de 2,5%). Também permitem a dilatação longitudinal sem comprometer a fixação.

O Painel Isofachada fabricado pela Isoeste é constituído de núcleos em PUR (Poliuretano) ou PIR (Poliisocianurato) e revestido por placas de aço pré-pintadas. O produto possui um sistema de encaixe que torna a fixação do painel nas fachadas invisível, proporcionando assim agilidade na instalação. O produto possui isolamento térmico, resultando em economia de energia e redução de custo na aquisição de equipamentos para climatização.

Descrição da Obra
Local: Itapissuma (PE)
Data de término da obra: 2015
Fornecedor:
Isoeste
Produtos: Telhas zipadas, painéis e iluminação zenital

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Engenharia de soluções



Soluções técnicas:
contrapiso autonivelante








Por Rodnei Corsini
Edição 49 - Julho/2015

O contrapiso autonivelante é executado com uma argamassa à base de cimento de alto desempenho. O material é autoadensável, monocomponente e bastante fluido. Considerado de fácil aplicação, a argamassa é bombeável e dispensa desempeno. Em pisos de áreas internas ou externas de tráfego moderado, a argamassa cria uma superfície lisa, plana e de acabamento fino. Por isso, pode ser usada para reabilitar, regularizar e nivelar contrapisos novos e antigos. Alguns materiais são restritos à aplicação interna.

As aplicações mais típicas são em situações em que há alta exigência de planimetria. O material pode ser usado em edificações e em obras de infraestrutura urbana, como edifícios-garagem, estacionamentos, pátios e pisos industriais. A solução já foi usada, por exemplo, como piso dos pavimentos do edifício-garagem do Aeroporto de Cumbica e como nivelamento de arquibancadas no estádio do Maracanã.

As referências de produtividade com aplicação mecanizada (argamassa bombeada) variam, conforme os fabricantes. Há indicadores de variação de 600 m² a 1.000 m² de contrapiso executado por dia e outro, ainda, de 100 m²/h de produtividade, com uma equipe de cinco pessoas. O acabamento final é similar ao do piso queimado/polido. Outro ponto importante é que a espessura do contrapiso autonivelante tende a ser menor do que a executada com material convencional.




1. Preparação da superfície

A superfície de base para o contrapiso deve estar estruturalmente íntegra, limpa e livre de sujeiras como óleo, graxa, tinta, desmoldantes de concreto ou agentes de cura. Em nosso exemplo, a superfície de concreto da laje deve ser desgastada por um processo mecânico como a fresagem. O procedimento com a fresadora é feito em duas etapas, com o movimento da segunda fresagem no sentido cruzado à primeira.

2. Limpeza

Depois do desgaste do concreto com a fresadora, a poeira deve ser removida com vassouras e aspirador industrial. 

3. Primer

Pisos ou lajes de concreto recém-executados devem estar curados por no mínimo 28 dias antes da aplicação da argamassa. Antes disso, é aplicado um primer na superfície, diluído na proporção indicada pelo fornecedor. O produto é espalhado com vassoura comum e aplicado em duas demãos. O primer pode ser despejado com baldes, para depois ser espalhado e uniformizado com vassoura comum ou broxa. Certifique-se de que toda a superfície tenha sido coberta e remova qualquer aglomeração do produto. Deixe o primer secar até ter a aparência de uma película clara (uma das referências indica um tempo de uma a três horas). É preciso manter o substrato que recebeu o primer limpo - por isso, evite o tráfego de pessoas na área.

4. Preparação do substrato

Antes da aplicação da argamassa autonivelante é fundamental deixar juntas de dilatação entre o contrapiso e as paredes ou elementos de construção. Também é preciso que as juntas de dilatação da argamassa acompanhem as juntas de dilatação do substrato base. Por isso, isole-as. 


5. Mistura da argamassa

Misture água com o pó da argamassa na proporção indicada pelo fabricante. Para isso, utilize um misturador de baixa rotação até obter uma consistência cremosa e sem grumos. Verifique a consistência do produto com um flow table.

6. Aplicação da argamassa

Certifique-se de que a temperatura do substrato está adequada, conforme os parâmetros do fornecedor. A argamassa é aplicada de forma mecanizada, por bombeamento, e deve ser lançada de forma contínua (I). A argamassa é espalhada com o rodo metálico (II) e, conjuntamente, deve ser utilizado um rolo fura-bolhas (III). 

7. Acabamento

Após o tempo de secagem (em geral, 24 horas após a aplicação), faça o lixamento da superfície da argamassa e remova os resíduos desse lixamento utilizando um aspirador industrial. O contrapiso pode então receber pintura epóxi para o acabamento final, além de toda a sinalização vertical necessária em uma garagem.
Por Rodnei Corsini
Colaboração: Weber e Grupo Votorantim

sábado, 5 de setembro de 2015

A engenharia traz novas opções de construções sustentáveis

Como especificar
empreendimentos sustentáveis
continua...
Nossa opinião é que a grande responsabilidade da engenharia hoje é construir cada vez com menos, potencializando os recursos do planeta. É a ciência por excelência responsável por obras e crenças sustentáveis.





AVANÇOS NOTÁVEIS

Embora ainda haja um longo caminho a ser percorrido para que se tenha um número consistente de construções sustentáveis no Brasil, algumas conquistas recentes são evidentes. "Uma delas é o maior uso de sistemas industrializados pelas construtoras, como os banheiros prontos", menciona Cristina, reforçando que a industrialização é uma estratégia importante para reduzir o desperdício de materiais e aumentar a produtividade. Também são notáveis os avanços no campo dos materiais, como os concretos com redução de clínquer e menos cimento na mistura, os pisos drenantes, as lâmpadas de alta eficiência e os revestimentos que incorporam matérias-primas recicladas em sua produção.
Outro exemplo é o resgate do uso da madeira transformada, obtida de reflorestamento, como elemento estrutural e de vedação. "Tendência no Reino Unido e na Austrália principalmente, o interesse pelo material se deve ao fato de ser uma matéria-prima 100% renovável, neutra em carbono, com desempenho estrutural comparável ao concreto, só que mais leve, além de ser adequada para pré-fabricação e de fácil transporte", explica Marcelo.
Soluções combinadas

O arquiteto Ben van Berkel, do escritório UNStudio, explorou uma implantação pouco convencional para aproveitar as melhores condições de ventilação, insolação e privacidade no projeto da Wind House. O formato incomum das paredes permitiu criar vários pequenos terraços que atenuam a incidência direta do sol sobre as fachadas, revestidas com ripas de madeira que se projetam para fora nos pontos as janelas da cozinha e do banheiro. Materiais que garantem maior eficiência e conforto à construção tiveram preferência, caso do revestimento com estuque de argila natural utilizado em algumas paredes e tetos.


FICHA TÉCNICA
LOCAL
 Noord-Holland, Holanda
CONCLUSÃO
 2014
ÁREA CONSTRUÍDA
 1.677 m²
ARQUITETURA
 UNStudio
ESTRUTURAS
 Pieters Bouwtechniek
INSTALAÇÕES
 Ingenieursburo Linssen e Elektrokern Solutions
LUMINOTÉCNICA
 Elektrokern Solutions
CONSULTORIA DE ACÚSTICA
 Hans Koomans Studio Design

Fachada de madeira

Com 220 apartamentos, o edifício de uso misto New Acton Nishi foi projetado para maximizar o aproveitamento da luz natural e da vista, sem abrir mão da eficiência energética. Pela modelagem do edifício em 3D foi possível analisar o desempenho de diferentes alternativas em relação à temperatura, vento, caminho do sol, sombra, ruído e vista. Os estudos permitiram a inclusão de elementos de design passivos, como átrios centrais e fachadas operáveis. Equipado com coletores solares nos telhados, que asseguram 60% da demanda de água quente nos banheiros, o empreendimento chama atenção pela fachada com ripas horizontais de madeira e mais de 90 caixas suspensas com vegetação presas a estruturas de alumínio. A solução, além de adicionar volume à fachada envidraçada, ajuda a manter o edifício fresco.



FICHA TÉCNICA
LOCAL
 Canberra, Austrália
CONCLUSÃO
 2014
ARQUITETURA
 Fender Katsalidis Architects, Suppose Design Office e Arup
ESTRUTURAS
 AWT Consulting
CONSTRUÇÃO
 PBS Building Group
Leed em foco
A construção do Edifício Odebrecht São Paulo incorporou uma série de ações visando ao selo Leed na categoria Gold. As mais impactantes estão relacionadas ao consumo de energia. Aumentando a eficiência de elevadores, equipamentos de climatização, bombas, sistemas de iluminação e das condições das fachadas, o empreendimento alcançou uma redução no consumo de energia superior a 18%. O projeto conta com sistema de coleta de água de chuva e com tratamento de água de reúso para alimentar as bacias e mictórios. Também possui um muro vegetado de 1.500 m², que contribuiu para a melhoria da qualidade do ar por meio da absorção de CO2, além de favorecer o isolamento térmico e acústico do edifício.


FICHA TÉCNICA
LOCAL
 São Paulo, SP
CONCLUSÃO 2013
ÁREA CONSTRUÍDA 57.746,87 m²
CONSTRUÇÃO Odebrecht Realizações Imobiliárias;
ARQUITETURA Aflalo/Gasperini
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS PHE
PROJETO DE AUTOMAÇÃO SI2
PROJETO DE LUMINOTÉCNICA Mingrone
CONSULTORIA EM SUSTENTABILIDADE CTE
PAISAGISMO Soma Arquitetos
MURO VERDE Canevaflor
ELEVADORES Atlas Schindler

Transparência eficiente





A Unidade de Operações da Bacia de Santos da Petrobras foi projetada para receber 7 mil funcionários da companhia e para concentrar as atividades relacionadas à exploração do Pré-Sal. O projeto teve como ponto de partida a conservação de parte de um armazém de 1884. Também incorporou práticas para garantir eficiência energética com predominância do uso de luz natural, reuso de água e recuperação das espécies endêmicas ou em extinção na flora local. A fachada combinou diferentes vidros insulados serigrafados em camada dupla e de baixa reflexão para garantir a permeabilidade visual para o entorno paisagístico sem comprometer o controle da carga térmica. O empreendimento recebeu a certificação Leadership in Energy & Environmental Design (Leed) na categoria Gold.
FICHA TÉCNICA
LOCAL
 Santos, São Paulo
CONCLUSÃO 2014
ÁREA CONSTRUÍDA 140 mil m²
ARQUITETURA Ruy Rezende Arquitetura
CONSTRUÇÃO Construcap
CONSULTORIA EM CONFORTO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE CTE
CONSULTORIA EM FACHADA QMD e Aluparts
CLIMATIZAÇÃO E AR-CONDICIONADO Datum
VIDRO SERIGRAFADO Glassec
 FIM
imagens e texto da editora Pini.