sexta-feira, 7 de novembro de 2014

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terça-feira, 18 de março de 2014

Mais razão e menos emoção

Luca Maribondo
Começa a campanha eleitoral e surgem no seu rastro as indefectíveis pesquisas de intenção de voto. Estas se tornaram inarredáveis do processo eleitoral brasileiro em todos os seus níveis. DataFolhaIbope e outros institutos de pesquisas se tornam palavras comuns do vocabulário do mais humilde e iletrado dos cidadãos brasileiros. Quase só se fala em pesquisa, ainda que faltem mais de dois meses para o pleito de outubro.
Mas dá pra gente confiar de fato nesses levantamentos? As pesquisas de intenção de voto têm cumprido uma dupla função. Por um lado, como instrumento de investigação da realidade, capaz de informar eleitores, políticos, partidos, orientando-os em suas decisões. Por outro lado, acobertadas pela imagem de trabalho científico, eles têm sido usadas para desinformar a opinião pública, visando à manipulação do voto. Como avaliar, porém, os resultados muitas vezes contraditórios que costumam ser publicados, para não ser enganado?
Há alguns anos, o sociólogo Gustavo Venturi, então diretor de operações do DataFolha, hoje sócio da Criterium Consultoria em Pesquisas, em artigo publicado sob o título "Como não ser enganado pelas pesquisas eleitorais", listava cinco cuidados básicos para compreender e avaliar corretamente esses levantamentos:
Confira o dia ou os dias em que as entrevistas foram feitas. Dependendo da agilidade do instituto e dos interesses de quem pediu o levantamento, entre a coleta dos dados e sua divulgação podem passar de um a dez dias ou mais. De acordo com o que acontecer nesse período —um debate entre os candidatos na televisão, o surgimento de uma nova candidatura, a veiculação de alguma denúncia contundente—, ao ser publicado o resultado pode já estar "velho", devendo ser relativizado;
Confira a amostragem da pesquisa. Não é raro se descobrir que um levantamento apresentado como nacional referia-se a uma pesquisa feita apenas em alguns Estados, ou só em capitais e regiões metropolitanas. Tratando-se de eleições presidenciais, nada mais falso! É o famoso gato por lebre. Não se faz uma boa amostra eleitoral hoje no Brasil, que conta com quase 5 500 municípios, em menos de cem cidades, distribuídas em todos os Estados e com eleitorados de todos os tamanhos;
Confira a formulação das questões aplicadas aos entrevistados. Além do risco de perguntas enviesadas, em qualquer momento de um processo eleitoral as respostas de intenção de voto espontâneas serão muito diferentes —e portanto incomparáveis— das respostas estimuladas por listas de candidatos;
Confira as credenciais de quem faz a pesquisa e os propósitos do cliente ou seja, quem paga pelo serviço. Procure saber qual o instituto que assina a pesquisa e quem a encomendou. Qualquer pessoa ou grupo tem o direito de fazer e divulgar pesquisas eleitorais. Tanto a qualidade técnica de um levantamento como o compromisso com a verdade dos profissionais nele envolvidos precisam ser comprovados. Ao tomar conhecimento de uma pesquisa eleitoral, informe-se sobre que instituto a fez e qual seu desempenho em eleições anteriores. Além disso, é bom checar quais são os vínculos de interesse entre quem fez e quem pediu a pesquisa, e qual dos dois a está divulgando. Uma pesquisa eleitoral encomendada por um candidato só será publicada se for do seu interesse, merecendo por isso ser lida com dupla precaução. O grau de isenção na divulgação de uma pesquisa, por sua vez, depende diretamente do grau de independência do meio de comunicação em relação aos políticos envolvidos. Muitas vezes esse grau é igual a zero: o político bem avaliado ou em ascensão é parente próximo, ou parceiro econômico em outros empreendimentos, quando não o próprio dono do veículo divulgador da pesquisa. Fique atento.
Veja o resultado da pesquisa com seus próprios olhos. Aprenda a ler os números. Dado que mesmo entre os poucos veículos de fato independentes a objetividade jornalística é uma utopia que nunca se realiza plenamente, recomenda-se aos telespectadores de todos os canais e aos leitores de todos os jornais que aprendam a ler os dados —as tabelas, os gráficos— por si mesmos. Esse é o único antídoto para não ser levado por interpretações distorcidas. Feito isto, exerça depois uma leitura crítica da interpretação que costuma acompanhar as pesquisas eleitorais e tire suas próprias conclusões.
E se o resultado de um levantamento for divulgado sem as informações necessárias para seguir as recomendações indicadas —que, aliás, não são tão fáceis assim de serem entendidas pelo cidadão comum— por Venturi? Neste caso, de três, uma: houve um descuido, tendo se descumprido tanto a legislação eleitoral como o código de ética que regula as atividades dos institutos de pesquisas de opinião e mercado; a ocultação de um ou mais desses dados foi deliberada, visando impedir uma avaliação correta do resultado da pesquisa para beneficiar ou prejudicar um ou mais candidatos envolvidos; a pesquisa que o candidato jura ter no bolso do colete, colocando-o à frente dos demais, indicando que vencerá já no primeiro turno, ou que seu adversário está despencando, se é que existe, foi tão "encomendada" que não passa por uma comparação crítica com outros levantamentos disponíveis.
Mas tem mais: as pesquisas de intenção de voto devem ser contextualizadas, isto é, devem ser avaliadas de acordo com o processo eleitoral em que estão insertas. Como são retratos do momento, seus resultados só devem tratados como uma fonte a mais de evidência no contexto analisado. Simplificando: as pesquisas eleitorais são perecíveis. Sua data de validade é determinada pelas variações da opinião pública.
Como a opinião das pessoas é dinâmica e responde aos estímulos que recebe, está sujeita a influências variadas —campanha, fatos inesperados, debates, o papo do botequim, as dicas dos amigos, a proximidade etc., até os diálogos das novelas—, as pesquisas devem sempre ser interpretadas dentro do contexto no qual foram realizadas.
E por se tratar de estatísticas e não números absolutos, toda pesquisa apresenta uma margem de erro que depende do tamanho da amostra estudada e dos resultados obtidos. Isso ocorre porque não é entrevistado todo o universo da população —aí, seria censo, não pesquisa—, mas apenas uma parte representativa deste. Trabalhando dessa maneira, há sempre um erro de amostra conhecido e calculado especificamente para cada pesquisa eleitoral.
Para uma mesma amostra, quanto maior a homogeneidade da população pesquisada, menor será o erro amostral e vice-versa. Por isso, não existe um erro amostral único e fechado para a pesquisa como um todo, pois em cada informação fornecida pela pesquisa há um erro correspondente. No caso das pesquisas eleitorais, esses erros são geralmente desiguais para os diversos candidatos em função da distribuição geográfica do eleitorado de cada um deles. A margem de erro comumente divulgada refere-se a uma estimativa de erro máximo, considerando-se um modelo de amostragem aleatória simples.


Desta maneira, os resultados de uma pesquisa devem ser interpretados dentro de um intervalo que estabeleça limites à estimativa obtida: o chamado intervalo de confiança. O intervalo de confiança é sempre pré-estabelecido antes do início da pesquisa, de comum acordo entre o cliente e o Ibope. Geralmente, fica em torno de 95%. Isso quer dizer que se uma pesquisa fosse realizada 100 vezes em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro.
O erro mais comum na leitura dos dados de uma pesquisa eleitoral é divulgar tendência de subida ou queda de determinada candidatura a partir de diferenças mínimas no resultado, que não caracterizam estatisticamente uma tendência. Só é possível chegar à conclusão que uma candidatura está crescendo ou caindo, se houver, pelo menos, três pontos consecutivos de aferição, com pelo menos três deles seguindo na mesma direção. Assim, para se dizer ou escrever com segurança que um determinado candidato cresceu ou caiu sem errar, é preciso analisar a evolução do seu desempenho dentro de uma série de pesquisas e não somente comparar, isoladamente, a pesquisa atual em relação à anterior.
Portanto, caro leitor/eleitor, qualquer que seja o caso, na ausência de informações recomenda-se prudência. Senão, você poderá ser enganado ou usado. Ao contrário do que imaginam alguns, a melhor maneira de controlar o mau uso de prévias eleitorais não é proibindo a divulgação, mas garantindo sua multiplicidade. A proibição apenas agravaria o desnível de informação entre os eleitores e os candidatos, que seguiriam encomendando seus próprios levantamentos. Já a proliferação de pesquisas eleitorais, apropriadamente divulgadas, permite ao eleitor compará-las e tirar suas próprias conclusões.
Se o cidadão brasileiro votasse com mais razão e menos emoção, procurando analisar profundamente o que representam e quem são realmente os candidatos, o que fizeram e disseram no passado, certamente o Brasil seria um país muito melhor. A vitória não está em ter votado no candidato vencedor, mas em ter a certeza de que votou de acordo com a sua consciência e com a sua ideologia.
Ou bem você é a favor de colocar na cadeia homens limpos —que usam até colarinho branco— e bem vestidos como Marcos Valério, Roberto Jefferson, professor Fernando Henrique Cardoso, João Paulo Cunha, o operário Lula da Silva, Silvio Pereira (o moço do Land Rover), José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, mensaleiros, sanguessugas e outros que tais—; ou prefere, como a maioria dos brasileiros, continuar lutando para que sejam presos apenas indivíduos das chamadas classes menos favorecidas da sociedade.

FONTE: http://casadomaribondo.blogspot.com